23 maio 2007

Fotos recebidas de Rosvita

Boa noite:
O "recadastramento" que estou fazendo está de vento em popa, sendo que vários colegas já responderam os e-mails que tenho enviado nos últimos dias. Estou fazendo isso aos pouco, pois aproveito os momentos livres. Quem tiver algum contato com pessoas que não tem participado de nossa comunidade, de um toque para eles!
Hoje a Rosvita me enviou algumas fotos da família dela. Na foto Natal2006-01 ela aparece com as irmãs, Dóris e Magda.




17 maio 2007

Outra crônica interessante

Boa noite, colegas:
Estou apresentando uma crônica do jornalista David Coimbra, que foi publicada no jornal "Zero Hora" de hoje, dia 17.5.07, que achei muito legal. Espero que vocês também gostem!

ELAS SÃO ENTERRADAS, ELAS NUNCA VOLTARÃO

Vi 1.300 pessoas em silêncio compassivo, esta semana. Cena impressionante. Mil e trezentas pessoas tocadas por um suave sentimento de tristeza devido a algo que disse o professor Ivan Izquierdo no curso Fronteiras do Pensamento. Tenho pensado naquilo, desde então.
Alguém perguntou ao professor, ele que é doutor em memória, por que os velhos lembram com nitidez dos acontecimentos remotos e esquecem os recentes. O professor disse que a ciência não tem explicação para isso, mas arriscou uma suposição: as pessoas recordam com mais pormenores do tempo em que foram mais felizes. E a felicidade é tanto maior quanto menores forem as perdas de alguém. Isto é: o tempo passa e o homem vai envelhecendo, vai deixando de fazer coisas que antes fazia, simplesmente porque agora não pode mais fazer. O corpo já não permite. Mas o pior, a grande dor, são as pessoas, e até os animais, que se apartam do homem no decorrer da sua vida.
- O velho vê as pessoas que ele ama desaparecerem. Elas são enterradas. Nunca mais voltarão - disse o professor Izquierdo, e foi nesse momento que senti uma aragem de nostalgia envolver os 1.300 espectadores instalados no auditório da Reitoria da UFRGS.
Ou talvez tenha sido impressão minha, talvez só eu e os que estavam no entorno tenhamos sentido a densidade daquelas palavras. Seja. O importante foi o significado do que ele disse. As pessoas são enterradas, elas nunca mais voltarão.
Saí de lá pensando em todas as pessoas que já não fazem mais parte da minha vida. Não só as que foram enterradas, mas também aquelas que a vida mantêm distantes. Como amo todas essas pessoas. Tanto quanto as amei quando falávamos, ríamos ou brigávamos juntos. Como sinto falta delas, e não foi só naquela noite, na Reitoria, que senti. Não. Volta e meia lembro de um sorriso de alguém que já se foi, ou de um jeito de falar de alguém que não vejo mais, ou de um brinde, uma gargalhada, uma frase, um beijo. Será que eles lembram de mim? Será que também sou pedaço da memória de alguém? Será que um dia vou encontrá-los outra vez? As perdas do caminho. As perdas. Por que é que tem que ser assim?

15 maio 2007

Aniversário em Joaçaba

Pessoal:
Hoje estou postando algumas fotos que foram tiradas no aniversário do Carlos Fett, em Joaçaba, no dia 13 de abril.
As duas primeiras fotos foram tiradas na noite anterior ao aniversário, quando foi realizado um jantar para os familiares e os amigos visitantes. O jantar ocorreu no restaurante "Kraftwerk", que, os que aproveitaram as aulas de alemão no Sinodal saberão traduzir, significa "Usina de Força". Infelizmente, eu não posso me incluir nos que foram bons alunos de alemão e até hoje eu me arrependo disso!
Por muitos anos, a usina era responsável pelo fornecimento de eletricidade para Joaçaba. Quando a estatização chegou ao setor energético, o local foi adquirido pela família Fett, sendo que ali gerada a energia que abastece o Moinho Specht, que fica localizado quase no centro da cidade. A usina se tornou uma das referências nacionais em PCH's (pequenas centrais hidrelétricas). O restaurante foi construído sobre a usina e a vista do Rio do Peixe correndo ao fundo é muito bonita. A irmão do Fett, Isabel, é quem administra o local!
Espero que não seja verdade que o jacaré não entrou no céu por causa da boca grande, pois senão estou ferrado, como podem ver na segunda foto!


Já a próxima foto foi tirada na noite do aniversário, antes de começar a festa.

Já as próximas fotos mostram a arrumação do jardim para a festa e o palco, onde houve o show.

07 maio 2007

Reencontrando antigos colegas!!

Depois de um bom tempo, estou voltando a colocar algum material novo no nosso site. Em abril fiz duas viagens e acabei reencontrando antigos colegas do Sinodal.

No dia 13, viajei para Joaçaba a fim de participar do aniversário do Carlos Fett, que foi festejado no dia seguinte, sábado. O festão foi de arromba, sendo que o show surpresa esteve a cargo da cantora Alcione. O único problema foi a chuva, que atrapalhou a festa, mas a experiência valeu! Aproveito para colocar algumas fotos de Joaçaba, assim como outras tiradas na cidade de Treze Tílias, que fica a uns 40km de onde estava. Essa cidadezinha foi colonizada por austríacos e até hoje existe ali um consulado daquele país. As tradições são cultivadas pelos descendentes e é um belo passeio!










Depois, no dia 22 de abril (domingo) viajei para Brasília, para participar de um curso, e passei a tarde com a Cláudia Hiltel Moeller, nossa ex-colega do Tradutor e Interprete. Fomos almoçar num restaurante muito movimentado e legal, o Bier Fass, que fica localizado às margens do lago Paranoá, depois fomos visitar o Memorial JK, que eu não conhecia, e finalmente tomamos uma saideira. O chopp de Brasília é muito bom! Foi uma pena que esquecei de levar a minha câmera, mas se tudo der certo devo voltar para lá em julho e devemos almoçar novamente. O único senão foi que acabei sendo assaltado juntamente com mais dois colegas, quando voltávamos para o hotel. Era começo da noite, mas felizmente (que difícil é dizer isso!!) eles não levaram os documentos e nem os cartões bancários.

02 maio 2007

Crônica muito legal

Pessoal:
No jornal "Zero Hora" de hoje, dia 2 de maio, li esta crônica da escritora gaúcha Martha Medeiros e resolvi compartilhá-la com vocês, pois confesso que muitas vezes já me vi em situações semelhantes. Espero que vocês gostem!

ESPELHOS VIVOS

Estava assistindo ao RBS Notícias, meio distraída, quando apareceu na tela o depoimento de um homem. Eu não estava prestando atenção na matéria, não sei que assunto estava sendo tratado, mas aquele homem eu conhecia. Grisalho, óculos de grau, um senhor. Mas um senhor de feições familiares. Quando apareceu o nome dele nos créditos, pensei: eu conheci um cara com este nome. Claro!!! Era um amigo que eu não via há muito tempo. Pertencemos a uma mesma turma anos atrás. Muita praia pegamos juntos. Lembro dele surfando, namorando as garotas mais bonitas, um sujeito muito engraçado. Pois era ele que estava ali na tevê de terno e gravata, grisalho, de óculos, era ele aquele senhor - da minha idade!!!

Costumamos conferir os estragos do tempo nos espelhos de casa, mas eles já se acostumaram com a nossa imagem. A gente se enxerga tantas vezes por dia que não repara nas ruguinhas que surgem e nos fios de cabelo branco recém-nascidos. Tudo o que vemos demais se torna quase invisível. É preciso um impacto para a gente cair na real. Algo como dormir 15 anos e acordar de repente. Ou ver uma foto antiga. Ou assistir na tevê ao depoimento de um amigo sumido. Este amigo amadureceu, tornou-se um profissional respeitado, mas deve seguir o mesmo brincalhão de sempre. E é bem possível que, se ele me visse na tevê, pensasse o mesmo de mim: de onde eu conheço essa senhora? E cairia para trás ao lembrar que tivemos 20 anos de idade no mesmo verão.

O espelho mais realista são os outros. Quando vejo Robert Redford, hoje, não consigo acreditar que é o mesmo homem que atuou em Butch Cassidy, e o mesmo vale para sua versão nacional, o Francisco Cuoco, que foi o Gianecchini dos anos 70 e hoje é um charmoso matusalém. O tempo tem rosto, o tempo tem mãos, o tempo tem voz - e nada disso permanece o mesmo.

A parte boa é que olho para algumas amigas da adolescência e vejo que elas conservam o mesmo sorriso. Minha mãe se mantém linda em qualquer idade, e a Tereza, empregada que trabalha com ela desde os 14 anos de idade e hoje é avó, não mudou nadinha. Um caso a ser estudado pela ciência. A moral da história é que espelhos vivos podem nos dar boas ou más notícias. Depende do nosso olhar. E do nosso humor.