15 agosto 2013
11 agosto 2013
Sabores para cada gosto - O Rio Grande que dá certo
Caros colegas:
No caderno de economia de Zero Hora de hoje (Dinheiro), domingo, dia 11 de agosto de 2013, saiu uma reportagem sobre a empresa Conservas Oderich S.A., que repasso para vocês!
Por acaso, três semanas atrás, meu sobrinho foi participar de uma feira de alimentos em Angola e por acaso encontrou nosso ex-colega em Luanda! Mundo pequeno!
Bem, ai abaixo está a reportagem que falei!
Um abraço para todos!
Conservas Oderich, de São Sebastião do Caí, exporta produtos para mais
de 60 países
No início do século
passado, a figura do caixeiro-viajante ou do mascate era necessária para levar
os produtos manufaturados de grandes centros para comunidades rurais. E foi
nesse trabalho que Adolfo Oderich, nascido em Wittenburg, norte da Alemanha,
decidiu fundar o negócio que mudaria sua vida e colocaria o nome da família na
história industrial gaúcha.
Oderich levava às comunidades alemãs e italianas da Serra itens como roupas, querosene e ferramentas. Em troca, trazia banha de porco, muito procurada na Capital. Como a qualidade não era homogênea, decidiu fundar sua própria fábrica de refino de banha. O ano era 1908 e a cidade, São Sebastião do Caí. Com a demanda garantida, o empresário mandou o filho Carlos Henrique para a Alemanha, a fim de estudar a produção de embalagens em lata.
A partir daí, a Oderich começou a crescer no segmento de enlatados e foi criando e aperfeiçoando produtos de acordo com os mercados. Os primeiros eram linguiças na banha, logo seguidas pelos chorizos e paios.
Na década de 1930, a empresa se associou a outras do ramo, formando um frigorífico em Canoas, denominado Frigorificos Sul Nacionais S/A, que passou a se destacar no setor. No entanto, na época da II Guerra Mundial, os países que disputavam o conflito vislumbraram, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em países como Argentina e Uruguai uma oportunidade de produzir enlatados de carne em conserva (corned beef), com alto teor de proteína, para sustentar os soldados. Para isso, multinacionais chegaram ao sul do Brasil e passaram tirar mercado das empresas locais. A Oderich, que tinha uma filial em Lajeado, foi obrigada a fechar a unidade.
Empresa pretende aumentar as exportações em 10%
A época de crise obrigou a empresa a abrir capital, transformando os credores em sócios. A partir da quarta geração da família, os negócios começaram a mudar. Marcos Oderich, bisneto do fundador, chegou no início dos anos 1980 à empresa, que tinha cerca de 200 empregados. Os poucos recursos que sobravam eram aplicados na produção. Com o decorrer dos anos, com a situação financeira mais estável, a fábrica passou a diversificar seus produtos, pois, até então, quase 70% das vendas eram de salsichas enlatadas.
– Fazemos produtos básicos, mas que atendem aos consumidores mais exigentes e aqueles que procuram refeições rápidas e baratas – diz Marcos.
O negócio voltou a se tornar lucrativo e a empresa investiu em outras unidades. No final dos anos 90, adquiriu uma planta em Pelotas, onde fabrica legumes e frutas enlatadas. Em Eldorado do Sul, passou a produzir as latas e, em Orizona (GO), produtos como abacaxi, milho e ervilha. Hoje, são mais de 200 itens, divididos em carnes, condimentos, vegetais, atomatados, maionese e compotas.
As exportações, que correspondem a 40% do volume produzido, são feitas para mais de 60 países.
Segundo Marcos, a justificativa é que cada país tem um gosto diferente:
– Os fiambres bovinos e as mortadelas são procuradas na África. As salsichas congeladas agradam aos países do Caribe e o milho verde caiu no gosto dos argentinos – revela o diretor.
E alguns produtos, mesmo parecendo estranhos ao gosto brasileiro, transformaram-se em sucesso lá fora. Um deles é o enlatado de carne de porco com aipim, que, conforme Marcos, chegou a ser ridicularizado quando do lançamento. Só que o produto tornou-se muito procurado em Angola.
Próximo a receber a quinta geração da família, a Oderich, que completa 105 anos de atividades neste mês, tem planos de avançar para o mercado do Leste Europeu e do Oriente Médio. Para isso, participará de feira no Curdistão, próximo ao Iraque.
Neste ano, a empresa pretende aumentar as exportações em 10% e avançar 15% em faturamento, com receita próxima de R$ 410 milhões.
Oderich levava às comunidades alemãs e italianas da Serra itens como roupas, querosene e ferramentas. Em troca, trazia banha de porco, muito procurada na Capital. Como a qualidade não era homogênea, decidiu fundar sua própria fábrica de refino de banha. O ano era 1908 e a cidade, São Sebastião do Caí. Com a demanda garantida, o empresário mandou o filho Carlos Henrique para a Alemanha, a fim de estudar a produção de embalagens em lata.
A partir daí, a Oderich começou a crescer no segmento de enlatados e foi criando e aperfeiçoando produtos de acordo com os mercados. Os primeiros eram linguiças na banha, logo seguidas pelos chorizos e paios.
Na década de 1930, a empresa se associou a outras do ramo, formando um frigorífico em Canoas, denominado Frigorificos Sul Nacionais S/A, que passou a se destacar no setor. No entanto, na época da II Guerra Mundial, os países que disputavam o conflito vislumbraram, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em países como Argentina e Uruguai uma oportunidade de produzir enlatados de carne em conserva (corned beef), com alto teor de proteína, para sustentar os soldados. Para isso, multinacionais chegaram ao sul do Brasil e passaram tirar mercado das empresas locais. A Oderich, que tinha uma filial em Lajeado, foi obrigada a fechar a unidade.
Empresa pretende aumentar as exportações em 10%
A época de crise obrigou a empresa a abrir capital, transformando os credores em sócios. A partir da quarta geração da família, os negócios começaram a mudar. Marcos Oderich, bisneto do fundador, chegou no início dos anos 1980 à empresa, que tinha cerca de 200 empregados. Os poucos recursos que sobravam eram aplicados na produção. Com o decorrer dos anos, com a situação financeira mais estável, a fábrica passou a diversificar seus produtos, pois, até então, quase 70% das vendas eram de salsichas enlatadas.
– Fazemos produtos básicos, mas que atendem aos consumidores mais exigentes e aqueles que procuram refeições rápidas e baratas – diz Marcos.
O negócio voltou a se tornar lucrativo e a empresa investiu em outras unidades. No final dos anos 90, adquiriu uma planta em Pelotas, onde fabrica legumes e frutas enlatadas. Em Eldorado do Sul, passou a produzir as latas e, em Orizona (GO), produtos como abacaxi, milho e ervilha. Hoje, são mais de 200 itens, divididos em carnes, condimentos, vegetais, atomatados, maionese e compotas.
As exportações, que correspondem a 40% do volume produzido, são feitas para mais de 60 países.
Segundo Marcos, a justificativa é que cada país tem um gosto diferente:
– Os fiambres bovinos e as mortadelas são procuradas na África. As salsichas congeladas agradam aos países do Caribe e o milho verde caiu no gosto dos argentinos – revela o diretor.
E alguns produtos, mesmo parecendo estranhos ao gosto brasileiro, transformaram-se em sucesso lá fora. Um deles é o enlatado de carne de porco com aipim, que, conforme Marcos, chegou a ser ridicularizado quando do lançamento. Só que o produto tornou-se muito procurado em Angola.
Próximo a receber a quinta geração da família, a Oderich, que completa 105 anos de atividades neste mês, tem planos de avançar para o mercado do Leste Europeu e do Oriente Médio. Para isso, participará de feira no Curdistão, próximo ao Iraque.
Neste ano, a empresa pretende aumentar as exportações em 10% e avançar 15% em faturamento, com receita próxima de R$ 410 milhões.
Perfil
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- Fundação: agosto de 1908
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- Localização: São Sebastião do Caí
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- Descrição: fábricas de conservas
enlatadas e de latas para alimentos e produtos químicos
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- Faturamento em 2012: R$ 370
milhões
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- Projeção de faturamento para
2013: R$ 410 milhões
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- Número de funcionários: 2,4 mil
diretos e mais de 8 mil indiretos
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- Principais produtos: segmentos de
carnes, legumes, atomatados, temperos, frutas, picles, doces de corte, pratos
prontos, além de produtos institucionais enlatados para merenda escolar,
Forças Armadas e FAO e latas vazias
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- Países exportados: mais de 60
nações (África, Ásia, Oriente Médio, América Central, Leste Europeu e América
Latina, com destaques para Angola, Emirados Árabes Unidos, Austrália, Líbano,
Jordânia, Iraque, Cuba, Panamá, Argentina, Uruguai, Gambia, Guiné e Dinamarca)
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- Capacidade de produção: 400
toneladas de produtos diariamente
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O diretor comercial Marcos Oderich diz que os produtos atendem aos consumidores mais exigentes e aqueles que procuram refeições rápidas e baratas
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