23 fevereiro 2006

Notícia sobre o Colégio Sinodal - Desempenho aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2005 – Jornal Zero Hora de 23.02.06.

No último dia 8 de fevereiro de 2006, foi divulgado o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2005. Realizado desde 1998, para avaliar a qualidade do ensino, o Enem contou com número recorde de participantes no país (21.990 escolas compõem o cadastro, sendo 15.974 públicas e 6.016 privadas) e indicou o vigor das escolas particulares de orientação religiosa. Ligado à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Ieclb), o Colégio Sinodal de São Leopoldo obteve o primeiro lugar entre as privadas, com média total 68.22. Outras da rede Sinodal se projetaram, na Capital e no Interior.
Elogiado por mobilizar escolas e alunos e radiografar o ensino do país, o Enem sofre ressalvas. Professor da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), Afonso Strehl acha "imprudente" estabelecer um ranking entre escolas a partir dos resultados no Enem.
- Sua limitação deve-se à participação espontânea, não podendo, assim, ser tomado como amostra representativa de todas as escolas - observa Strehl.
A queixa é quanto à participação desigual dos estudantes. Há abismos entre colégios do mesmo porte. Em Porto Alegre, o Colégio João XXIII teve somente 10 inscritos no Enem. No outro extremo, o Colégio Nossa Senhora do Rosário apresentou 242 candidatos.
Realizador do Enem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, constatou a injustiça. O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, admite que escolas com menos participantes tiveram melhor desempenho. A suposição é de que grupos reduzidos compõem a elite dos alunos.
O Inep tentou corrigir a distorção. Ao calcular a média total (soma a prova objetiva e a de redação), aplicou o chamado índice de correção de participação. O objetivo é simular o quadro desejado, como se todos os alunos tivessem feito o Enem.
Descontada a limitação, o professor Strehl considera válido o Enem, por ser uma prova nacional e elaborada com rigor científico. É uma ferramenta de auto-avaliação, que permite aos alunos cotejarem seus desempenhos. Para os colégios, serve para identificar erros e acertos, projetar mudanças.
A rede Sinodal se excedeu no Enem, conquistando os melhores resultados entre as escolas particulares, sendo que o Colégio Sinodal de São Leopoldo tirou o primeiro lugar (68,22). Em segundo, o Colégio Evangélico Augusto Pestana, de Ijuí (67,96). Outras também tiveram êxito. Vale lembrar que a escola que apresentou melhor nota foi o Colégio Militar de Santa Maria, com 68,77 pontos.
Diretor-executivo da Rede Sinodal de Educação, Silvio Iung ressalta que os 42 colégios estabelecidos no Estado atuam em sintonia, com prioridade à formação humanística dos alunos. Também fazem parte da receita a integração com as famílias, a qualificação dos professores e os investimentos em laboratórios de ensino, como de informática e ciências.
O diretor do Colégio Sinodal de São Leopoldo, Ivan Renner, destaca que mais de 60% dos professores têm curso de pós-graduação. Diz que o Sinodal se guia pelo seguinte:
- Que cidadãos estamos formando e para que tipo de sociedade?
No Colégio Augusto Pestana, de Ijuí, fundado em 1899, o segredo é estudar - e muito. O diretor conta que os alunos cumprem 30 horas de aula por semana - acima da média das escolas. Também recebem reforço nas disciplinas e atividades fora da classe.
Ligada à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (Ieclb), a rede Sinodal vem emplacando alunos nos mais disputados vestibulares de universidades federais.

Saiba mais
O Enem avalia estudantes voluntários que estão concluindo o Ensino Médio. Foi criado pelo Ministério da Educação para aferir a qualidade do ensino e sinalizar o futuro profissional dos alunos. O teste inclui a compreensão das disciplinas básicas e outras competências, como domínio de linguagens e enfrentamento de situações-problema. Outra finalidade do Enem é dar alternativas ao ingresso no Ensino Superior.
O Inep eliminou da pesquisa as escolas com menos de 10 participantes. Também aplicou um índice de correção nas notas, para considerar a situação ideal, como se todos os alunos da escola tivessem feito o exame.

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